"A liberdade econômica é a condição necessária da liberdade política"
No figurado: " o peixe começa a feder pela cabeça"
"Uma situação favorável atrai os amigos, a desfarovel os põe à prova"
”TEMPOS MODERNOS Vs. COVID 19!”
Após assistir mais uma vez Tempos Modernos, percebe-se no intelecto de parte dos cinéfilos universais que a obra prima do cineasta Charles Chaplin, Modern Times, é a quintessência do prazer do entretenimento e das mensagens política e social que o cinema mudo de então, com o jeito histriônico e filantropo, sui generis, de seu personagem central, o vagabundo, comunicava à sociedade mundial as ignomínias acentuadas do capitalismo selvagem, do militarismo, do stalinismo, do comunismo e outros “ismos” que compuseram o sistema naquela época, procrastinando os dias terríveis que viriam com a Segunda Grande Guerra e suas sequelas de horrores. A profecia não caberia hoje com o advento do famigerado COVID 19?
No enredo, depois de internado em um hospício devido a um tic tic nervoso adquirido no trabalho sabotado e monitorado pelo patrão que controlava homens e máquinas de acordo com sua ganância lucrativa, nosso herói, ao voltar às ruas, encontrou a fábrica fechada, e, naquele momento, a queda da Bolsa de Valores de New York retratava os expoentes da Grande Depressão que se abateu sobre a Economia mundial e sobre suas industrias de produção, causando alto índice de desemprego e a queda brusca do PIB universal. Algo a ver com o ora cotidiano pandemônico do COVID 19?
Nesta dinâmica de acontecimentos inseguros e supervenientes, o protagonista conhece uma jovem com duas irmãs pequenas e o pai desempregado, que, atestando que a necessidade não obedece às leis, (necessitas caret legis), fazia pequenos furtos famélicos para subsistência da família. Neste marasmo mútuo, forte amor platônico eivado de favores recíprocos surgiu entra a “dama e o vagabundo” na incessante busca por dias melhores nos “tempos modernos”, comuns hoje na pandemia do COVID 19.
Na sequência da película, preso por engano como líder grevista, na cadeia, “doidão” por acaso, ao impedir a fuga de alguns prisioneiros foi presenteado com uma boa estadia enquanto custodiado. Ao sair, depois de breve período de trabalho como garçom e sua companheira como dançarina em casa noturna, esta, para escapar do internato público, antevendo novas aventuras, sujeitas à fome, a pobreza, a ignorância, ao choro e ranger de dentes, infelizmente, acompanhou o vagabundo sem teto pelos caminhos sem rumo, assim como caminha grande parte da humanidade nos “tempos modernos” do ainda insanável, COVID 19!
EPIDAURO PAMPLONA
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Quintessência = requinte ou perfeição; histrião = palhaço; filantropo = caridoso; sui generis = do seu próprio gênero; ignomínia = infâmia; procrastinar = adiar; famigerado = famoso; superveniente = que vem depois.
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