Renan Calheiros alfineta Arthur Lira por patrocínio de Maceió a escola de samba do Rio: ‘Desumano’

[Renan Calheiros alfineta Arthur Lira por patrocínio de Maceió a escola de samba do Rio: ‘Desumano’]
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) alfinetou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), seu adversário político no estado, por conta do patrocínio da Prefeitura de Maceió ao enredo da Beija-Flor no carnaval do Rio. O desfile foi realizado na madrugada desta segunda-feira com a presença do deputado.
“As vítimas da Braskem estão abandonadas, mas os foliões que coreografaram acordos ilegais deliram na Avenida, inebriados pelo dinheiro público. Preço tem: R$ 8 milhões da prefeitura de Maceió torrados no Rio. É desumano e cruel. Merece nota zero em todos os quesitos”, afirmou Calheiros. Embora não cite nominalmente o adversário político, a postagem traz, a seguir, a reprodução de uma reportagem com a foto de Lira no desfile.
 
O acordo entre a prefeitura de Maceió e a Beija-Flor foi firmado em maio de 2023, antes do agravamento da crise ambiental na cidade no ano passado. O patrocínio para retratar a capital alagoana no carnaval carioca — uma prática comum já realizada por diferentes cidades e até países — foi de R$ 8 milhões.
Neste ano, o afundamento de uma das minas da Braskem no bairro Mutange, em Maceió, agravou a tragédia ambiental que veio à tona em 2018, após quase cinco décadas de extração de sal-gema na cidade.
 
Cinco bairros da capital alagoana — Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol — foram afetados por afundamento do solo identificado em 2018, de acordo com o mapa de realocação elaborado pela prefeitura de Maceió. Em fevereiro daquele ano, fortes chuvas deixaram danos estruturais em imóveis do bairro Pinheiro, cujos moradores relataram tremores de terra. O fenômeno levou o Ministério Público Federal (MPF) a instaurar inquérito para averiguar a relação entre esses impactos e a atividade da Braskem.
 
A extração de sal-gema ocorre desde a década de 1970 em Maceió, tocada à época pela Salgema Indústrias Químicas S.A, que foi incorporada à Braskem em 2002. Desde a década de 1980, pesquisadores vêm alertando para riscos de afundamento na região.

Fonte: https://clicknews.net.br
Foto: Reprodução/Instagram

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