“PÉROLAS DO SENADINHO”

[“PÉROLAS DO SENADINHO”]

31 DE MARÇO DE 1964, O DIA QUE NÃO ACABOU!

Em 132 anos de República, quase um terço do período foi marcado por ditaduras. A mais violenta, sem dúvidas, foi a militar que eclodiu na data mencionada e que foi diretamente responsável por centenas de mortes, desparecimentos de pessoas, torturas físicas e psicológicas e de um falso "milagre econômico”, curto como um voo de galinha, que na realidade fez a maior dívida externa do mundo, desmatou a floresta amazônica, deixou centenas de obras faraônicas inacabadas, cerceou a Educação brasileira, e a corrupção, o cupim da República, sob o manto da impunidade e o silêncio forçado da Imprensa, espraiava-se nos comandos castrenses e nos diversos setores do serviço público. A decadência deste triste regime de exceção foi atestada, entre outras falências, pela deprimente década perdida dos anos oitenta. O dia acima em epígrafe (no título) ainda não acabou quando o AI-5, (Ato Institucional Nº 5), ou seja, uma implícita licença para matar dos “anos de chumbo”, é avocado por alguns políticos e civis energúmenos, mequetrefes, ignaros, lambisgoias e apátridas. Vade retro, satanás, ditadura, nunca mais!    

“MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO!”

“A Democracia é a pior forma de governo, exceto por todas as outras que aparecem de tempos em tempos”. A frase do primeiro-ministro britânico Winston Churchill, nunca esteve tão pertinente quando, no Brasil, o Golpe Civil-Militar que deu início a famigerada ditadura completa 57 anos, e, inversamente aos acontecimentos pretéritos quando João Goulart foi deposto pelos militares, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, exonerou sumariamente os três comandantes das Forças Armadas que, supõe-se, articulavam-se contra sua turbulenta gestão ensaiando o toque de retirada dos ministros militares, insatisfeitos com a destituição do ministro da Defesa. Com um “golpe de mestre”, e não de estado, escudado na Constituição Federal, pilar da Democracia, antes que os militares recuassem, o capitão-presidente mostrou o “cartão vermelho” para o Almirante de Esquadra, o General de Exército e o Tenente-Brigadeiro, respectivos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. A Democracia é frágil, pero non mucho...      

“CHOQUE DE GESTÃO!”

Grosso modo, de forma sumária, o secretário interino de Saúde de Paulo Afonso, Luiz Humberto, (Luizinho), que voltou ao cargo após vencer a terrível COVID 19, em razão do imbróglio (situação difícil) deixada pelo gestor odontólogo e porque passa a Pasta  que ora assume, também, o Hospital Nair Alves de Souza juntamente com o HMPA, a UPA, a UTI e o COVID 19, apesar das parcerias, “necessita com urgência fazer um choque de gestão visando a reversão de quadros de déficits orçamentários com redução de despesas, da reorganização e modernização do aparato clínico e implementação de novas providências”, para tentar, no auge da Pandemia, atender a demanda crescente do setor. Caso consiga resultados plausíveis, sua missão hercúlea estará cumprida. 

“COMBINARAM COM OS RUSSOS?”

“Em 1958, o técnico da seleção, Vicente Feola, na preleção antes do jogo, resolveu indicar o caminho para que Garrincha marcasse um golaço contra a Rússia. O modesto e excelente ponta-direita do Botafogo então perguntou: professor, isto foi combinado com os russos?” A expressão, desde aquela época, passou a ser utilizada quando algo bem planejado, certo que irá acontecer, não funciona, vira xabu.

Para as imprevisíveis eleições de 2022, na Prefeitura Municipal de Paulo Afonso algumas pessoas ocupantes de cargos de confiança, supõe-se que, sem o aval do gestor que as admitiu e que ainda não definiu seus candidatos, já fizeram acordos com os pré-candidatos aos cargos postulados no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa da Bahia. No figurado, “será que combinaram com os russos?”

Criação imortal de Epidauro Pamplona.