"Uma situação favorável atrai os amigos, a desfarovel os põe à prova"
"Os aduladores, a pior espécie de inimigo!"
"Em tempos de crise, a Política deve lembrar que humanidade vem antes de ideologias"
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy , rejeitou uma tentativa do governo dos Estados Unidos que propôs tomar posse de 50% dos minerais críticos do país europeu.
A proposta, segundo oito autoridades estadunidenses, foi oferecida pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e estava em um rascunho de contrato levado por ele para a reunião realizada na quarta-feira (12), em Kiev.
Zelenskyy se recusou a assinar o documento quando Bessent o apresentou durante o encontro, dizendo que precisava estudá-lo e consultar outras pessoas a respeito de um possível acordo.
As informações são da NBC News. O veículo afirmou ainda que a embaixada ucraniana em Washington e um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca não responderam aos pedidos de comentários feitos na sexta-feira (14).
Considerados fundamentais para o desenvolvimento econômico e tecnológico, os minerais críticos são usados em setores como energia renovável, na produção de baterias para veículos elétricos e painéis solares, além da produção de aparelhos eletrônicos, de defesa e indústria aeroespacial.
Em 2022, o serviço Geológico dos Estados Unidos divulgou uma atualização da lista de minerais críticos, acrescentando 15 commodities a mais em comparação ao rol criado em 2018. Parte do aumento na nova lista é o resultado da divisão dos elementos de terras raras e elementos do grupo da platina em entradas individuais em vez de incluí-los como "grupos minerais". Foram adicionados níquel e zinco, e removidos hélio, potássio, rênio e estrôncio.
“Minerais críticos desempenham um papel significativo em nossa segurança nacional, economia, desenvolvimento de energia renovável e infraestrutura”, disse à época a secretária assistente do Interior para Água e Ciência do órgão, Tanya Trujillo.
Elementos como cobre, níquel, cobalto e lítio, por exemplo, são recursos críticos para a transição energética e são usados na produção de veículos elétricos, baterias e cabos de energia, bem como tecnologias de energia renovável, como painéis solares e turbinas eólicas.
Para criar uma bateria típica de veículo elétrico, são necessários aproximadamente 8 kg de lítio, 35 kg de níquel e 14 kg de cobalto.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os recursos minerais de importância crítica são extremamente vulneráveis em caso de interrupções no comércio internacional, uma vez que sua produção global é superconcentrada.
Um dos exemplos citados pelo Fundo é o fato de dois terços do cobalto do mundo serem minerados somente na República Democrática do Congo. Mais de 50% da produção de lítio é contabilizada somente pela Austrália.
A Ucrânia abriga 117 dos 120 minerais e metais mais amplamente utilizados e é uma fonte significativa de combustíveis fósseis, como destaca o Institute for Energy Technology. A Ucrânia tem algumas das maiores reservas mundiais de titânio e minério de ferro, campos de lítio inexplorados e enormes depósitos de carvão no valor de dezenas de trilhões de dólares.
Contudo, a maioria desses depósitos de carvão, juntamente com quantidades significativas de outros depósitos de minerais, estão concentrados no leste, onde a Rússia ganhou mais terras desde o início da guerra na Ucrânia.
O Washington Post estima que pelo menos US$ 12,4 trilhões em depósitos de energia, metais e minerais da Ucrânia estão agora sob controle russo. Além de 63% dos depósitos de carvão do país, a Rússia teria controle de 11% de seus depósitos de petróleo, 20% de seus depósitos de gás natural, 42% de seus metais e 33% de seus depósitos de terras raras e outros minerais críticos, incluindo lítio.
Fonte: https://revistaforum.com.br/
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