CAPÍTULO XIV - “O SUBVERSIVO DE PAULO AFONSO”

[CAPÍTULO XIV - “O SUBVERSIVO DE PAULO AFONSO”]

CAPÍTULO XIV

A CORRUPÇÃO É HOJE O CUPIM DA REPÚBLICA E A GUILHOTINA DA DEMOCRACIA!

No capítulo anterior externei que minha liberdade, embora parcial pela fuga dos porões da ditadura militar, surgiu por acaso, como “uma luz no final do túnel”. Mas, antes de enveredar na narrativa desta escapada do inferno, tendo em vista a turbulência política dos dias atuais e os questionamentos que faço sobre nosso frágil sistema democrático, ameaçado pela corrupção, imoralidade e abusos de poder dos membros do Judiciário, do Legislativo e da incompetência do Executivo, provocando acintosamente a população e as Forças Armadas, acobertados pela impunidade e a imunidade que aumentam suas audácias à proporção que o tecido social, (o povão), vira molambo, haja vista a proliferação da pobreza e da ignorância ora instigadas pela COVID 19, o mal do século XXI, parafraseio Cícero, o romano, indignado com a depravação, a corrupção e a imoralidade dos romanos da era clássica: quosque tanden abutere patientia populli?, (até quando abusarão da paciência do povo?).

Pelo exposto, assim como o frágil capitalismo que foi atingido mundialmente pelo comunismo e às revoluções industriais e políticas dos séculos XIX e XX, projetados todos por Karl Max que escreveu o Manifesto Comunista e O Capital em um porão de uma casa, a Democracia é, sem dúvida, um sistema extremamente vulnerável e repleto de defeitos. Mas, reiterando Winston Churchill, que enfrentou o nazismo e o comunismo e os venceu: “a Democracia é a pior forma de governo, exceto por outras que aparecem de tempos em tempos”. No Brasil atual esta forma de governo está seriamente periclitante. Nos quartéis, embora não pareça, a tropa está de prontidão. Vídeos de militares de altas patentes descontentes e indignados com os abusos e as mordomias dos prepostos dos poderes constituídos, com raríssimas exceções, são combustíveis para a volta do avocado AI-5 e os “anos de chumbo” e suas consequências lastimáveis. Só não ver, quem não quer.

No Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, (STF), guardião da Constituição, pouco conhecido da sociedade brasileira até os escândalos da Lava Jato, além das mordomias exacerbadas e dos provento$ estratosféricos de seus ministros, notabiliza-se por se mostrar garantidor da impunidade e das decisões interna corporis e “democráticas” que premiam o crime organizado, o tráfego de drogas e milhares de criminosos bestiais e comuns condenados em segunda instância, e até impedem que os policiais  combatam as milícias e os traficantes nos flamejantes morros cariocas. A liberdade concedida a criminosos renomados como José Dirceu, Eduardo Cunha, Beto Richa, Eike Batista, Gleisse Hoffman, Paulo Bernardes, Jacob Barata, Aércio Neves, Eduardo Azeredo entre outros, todos de “colarinho branco” e usurpadores do erário, é, no mínimo, um absurdo inconcebível e abominável.  É o avesso, do avesso do avesso, da canção do Caetano.

O Legislativo Federal, em governos anteriores, famoso por ser o arcabouço da Lava jato, do mensalão, mensalinho e da relação promíscua entre os parlamentares e as empresas estatais para “financiamento” de campanhas políticas em detrimento do povo que paga altíssimos e inúmeros impostos, continua sendo um balcão de negócios quando o é dando que se recebe é o liame entre seus prepostos e os do Executivo em acordos que lhes beneficiam. Destarte, “os acordos políticos e as linguiças, melhor não saber como são feitos”.

Nesta hodierna “democradura politiqueira”, eu pergunto: por que a luta, ora inglória, contra o golpe militar nos vinte e um anos de sua vigência? Para entregar o país a um covil de politicalhos e juízes corruptos, guardadas as devidas exceções?

No próximo tratado voltaremos aos “anos de chumbo”...