"Esperanto é a língua universal que não se fala em lugar nenhum do mundo!"
"A liberdade econômica é a condição necessária da liberdade política"
No figurado: " o peixe começa a feder pela cabeça"
Elas estão nas ruas, nos batalhões de área e nas unidades especializadas, nos setores administrativos e atuando com competência no suporte ou assumindo postos de comando. São policiais, mas antes de tudo, mulheres que fazem a diferença dentro da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) provando que competência e dedicação não têm gênero.
Dos 7.655 militares do serviço ativo, 1.305 são mulheres, representando 17,5% da tropa. Elas ocupam espaços nos quadros de Oficiais de Estado-Maior, Especialistas e de Saúde. Entre as praças, atuam nos quadros de Praças, sejam como combatentes, Especialistas de Saúde e de Música.
Pode-se dizer que elas representam a continuidade de um ideal que, no Brasil, remonta à década de 1820, durante a Guerra da Independência. No conflito travado entre 1822 e 1824 pela separação definitiva do Brasil de Portugal, surgiu aquela que entraria para a história como a primeira militar brasileira e heroína da Pátria: a sertaneja baiana Maria Quitéria de Jesus Medeiros.
Disfarçada de homem, Maria Quitéria alistou-se no Exército e, mesmo após ter sua identidade revelada, destacou-se pela bravura nos combates, tornando-se um símbolo de resistência. Seu nome foi escolhido para denominar a operação realizada pela PM-AL alusiva ao Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março.
“A presença feminina fortalece a corporação e, mais do que isso, reforça o compromisso com uma segurança pública mais humanizada e eficiente. A contribuição das mulheres trouxe harmonia e é de extrema importância para a PM, assim como para todos os setores da vida pública e privada, incluindo a nossa instituição. Nossa gratidão e respeito a cada uma das mulheres da corporação”, afirmou o comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim.
Operação Maria Quitéria
Guarnições do policiamento ostensivo, sob o comando de mulheres, realizaram uma operação preventiva em bairros de Maceió.
“As unidades especializadas foram representadas pela Companhia de Policiamento de Choque (CPChoque), Batalhão de Rotam (Ronda Ostensiva Tática Motorizada), Patrulha Maria da Penha, Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc). Equipes atuaram em pontos do Vergel do Lago e Trapiche da Barra. Em Bebedouro, a atuação ficou a cargo do Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I (RPMon)”, explicou a comandante da operação Maria Quitéria, tenente-coronel Josiene Lima.
A tenente-coronel Josiene tem uma trajetória marcada pelo pioneirismo: foi a primeira mulher a comandar uma unidade especializada, comandando o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) como major, em 2021. Também fez história como a primeira comandante do 5º Batalhão, sediado no Benedito Bentes, em Maceió. Além disso, foi a primeira oficial feminina do Estado-Maior a assumir um cargo no Alto Comando da PM. Desde maio de 2024, ocupa a função de diretora de Comunicação Social (DCS) da instituição.
Mensagem às mulheres da corporação
Na passagem da data, a corporação deixou uma mensagem que não só homenageia as mulheres de suas fileiras, mas também se estende às alagoanas que elas protegem:
Há mais de 200 anos, Maria Quitéria, nordestina, rompeu barreiras e se tornou a primeira mulher a vestir a farda e servir ao Brasil. Disfarçada de homem, lutou com bravura, mostrando que coragem e determinação não têm gênero. Seu espírito guerreiro abriu caminhos que hoje são trilhados por mulheres que, de farda e arma em punho, dedicam suas vidas à proteção da sociedade.
Assim como Maria Quitéria, as policiais militares enfrentam desafios diários, superam obstáculos e fazem da disciplina, da honra e do compromisso seu lema de vida. São mães, filhas, esposas, mas, acima de tudo, são guerreiras. Carregam nos olhos a firmeza de quem não recua e no coração a força de quem nasceu para servir.
Em cada ocorrência, em cada patrulha, em cada missão, elas provam que ser mulher e ser policial não são opostos, mas sim sinônimos de coragem. Elas não pedem licença, conquistam seu espaço! E ao fazerem isso, inspiram novas gerações a acreditarem que lugar de mulher é onde ela quiser – inclusive na linha de frente da segurança pública.
Foto: Lucas Nascimento
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